terça-feira, 19 de outubro de 2010

O lote de “terra” mais valioso do mundo mede menos de 30 centímetros


A história do homem já passou por três grandes revoluções que sacudiram com o sistema econômico e social da humanidade. A revolução agrícola foi à primeira delas e estabeleceu uma nova ordem no mercado de trabalho. As qualificações profissionais exigidas naquela época eram meramente braçais, requerendo do homem tão somente a mão de obra. Mandava quem possuía terra e propriedade.


A segunda e mais recente dessas ondas de revolução foi à industrial, cerca de trezentos anos atrás. Nela, muito do trabalho físico passou a ser substituído pelas máquinas, que produziam produtos em grande escala. Ainda assim, a exigência derivava do esforço físico, mesmo para aqueles que operavam as pesadas máquinas da época e quem detinha o capital, ditava às regras.

Passado todo esse período, há aproximadamente sessenta anos, o mundo sofreu a última e mais recente mudança, conhecida como a era do conhecimento. Com o advento da tecnologia da informação e a invenção do satélite, o mundo nunca mais foi o mesmo. Mudanças passaram a ocorrer em todos os segmentos da sociedade e principalmente da economia. O mercado de trabalho sofreu alterações como nunca antes vistas e os requisitos para o profissional desta nova sociedade globalizada, mudaram radicalmente. Onde se exigia mão de obra, agora se reivindicava cérebro e obra. O ouro moderno, passou a ser o conhecimento inovador.

As empresas não querem mais a mão de ninguém. Hoje o mercado de trabalho procura por cérebros, esse valioso pedaço de “terra” que mede menos de 30 centímetros. O trabalho pesado, típico da era agrícola e industrial está sendo preenchido pelas máquinas e robôs espalhados por todo o mundo, sobretudo nos países mais desenvolvidos. A atividade braçal está desaparecendo e novos empregos estão sendo criados para serem ocupados não mais pela força física, mas sim pelo conhecimento.

Por entender seu tempo e principalmente o valor do conhecimento como commodity, foi que figuras como Steve Jobs fundou a Apple, uma empresa cujo capital, é essencialmente de conhecimento. Aliás, você já se perguntou por que a logomarca da empresa é uma maçã mordida? Jobs fez um paralelo com a fruta (tradicionalmente aceita como maçã) da árvore do conhecimento que ficava no jardim do Éden, com o intuito de dizer: “Vejam, eu comi a fruta, agora possuo conhecimento!”. O que dizer também de Sergey Brin e Larry Page, fundadores da empresa Google? Que atualmente vale 157 bilhões, de acordo com a bolsa Nasdaq.

É nesse novo mundo que você e eu vivemos queira ou não admitir. Não adianta ignorar essa realidade, ela está aí para ficar e, quanto ao mundo conservador e vanguardista que nos ensinaram, está desaparecendo. Se você já está antenado com o mundo ao seu redor, continue investindo pesado no seu cérebro e não naquele pedaço de papel ultrapassado chamado currículo. Mas se você é daqueles que ainda não percebeu a nova realidade que gravita em torno do seu dia a dia, levante-se de onde está e comece a investir intensivamente nesse pequeno pedaço de “terra” que você possui. Você não precisa ir numa imobiliária para adquirir seu pequeno lote, basta apenas começar à construir nesse que você já tem aí dentro da sua cabeça. Ele já está aí exclusivamente à sua disposição. O que você fará com ele é problema seu, mas as consequências podem ser suas e também daqueles que dependem economicamente de você.